Os acontecimentos dos últimos dias na cidade do Rio de Janeiro gerou, e continua gerando, bastante assunto. Ele foi notícia em praticamente todos os veículos jornalísticos, online e offline, dominou o trending topics brasileiro, gerou tumblr humorístico, virou game, enfim, o conteúdo se fez presente de forma massiva nas mídias sociais.
Lendo um post muito bom do ReadWriteWeb Brasil sobre o assunto, achei bacana a forma com que eles abordaram a presença das mídias sociais durante o conflito, relatando a importância da publicação e cobertura do evento pelos próprios moradores da Vila Cruzeiro e do Complexo do alemão. Acho muito importante esse tipo de informação, ela oferece um ponto de vista que não é entregue pelos grandes veículos e que é definitivamente imparcial: a visão do morador que está no meio do conflito. E isso é storytelling!
A anonimidade também é pré-requisito, principalmente em zonas de conflito e interesse, a internet pode preservar a identidade da pessoa que está distribuindo essas ricas informações e, na minha opinião, isso deve ser estimulado. Caso contrário, o delator estaria fadado à morte. Não tenho opinião formado sobre o Wikileaks, confesso que li pouco sobre o assunto ainda, mas é fato que existe um grande ponto positivo no trabalho de divulgação anônima de informações, o conteúdo livre, a transparência e, acima de tudo, o desenvolvimento e melhora das organizações públicas ou privadas.
Obviamente, existem informações que devem ser preservadas. Mas acredito que quem tem acesso e conhece mais sobre o assunto tem capacidade de duvidar e questionar, e é isso que gera desenvolvimento. Cory Doctorow, co-editor do BoingBoing, diz que “vivemos na época dos bits e eles são feitos para serem copiados, se alguma pessoa ou empresa depende da preservação total dos seu bits para sobreviver, ela está fadada à morte”.
betobina.com 