O outro assunto que gostaria de comentar e exercitar o raciocício é voltado para a operação planejamento e criação. Essa que eu considero uma das grandes questões que determinam o papel do planejamento através da definição de responsabilidades. Em suma, acredito que a entrega de bastão que existe hoje é totalmente preguiçosa e, até, irresponsável. Estou cada vez mais acreditando em um planejador mais criativo e, principalmente, em um criativo mais estratégico.
Não existe briefing criativo que supra o campo/pesquisa e o conhecimento empírico do target, seu comportamento, necessidades e bizarrices. Não existe briefing que faça com que o criativo tenha liberdade o suficiente, e necessária, para manifestar qualquer marca, em qualquer ambiente, de maneira com que ela atinja todos objetivos de negócio e de comunicação do cliente de forma muito criativa.
Pelo que venho vivenciando na Gringo e experimentando diversas metodologias e formas de trabalho. Acredito muito no criativo que pesquisa junto, entende o mercado junto, conversa com o target junto e, o mais importante, define o caminho estratégico junto. Esse cidadão, essa pessoa viva: o caminho estratégico; exige muito da criatividade, de conectar pontos e descobrir as oportunidades que fazem a estratégia valer a pena.
A definição do caminho estratégico precisa ter mais relevância nas agências, precisa-se de tempo, exercício e brainstorm para que a campanha tome um rumo realmente novo. Caso contrário, ela vai ser uma entrega superficial e encomendada.
Em termos práticos, qualquer kick off precisa ter um envolvimento de todas equipes. A responsabilidade de organizar a farofa e definir objetivos pode, e deve, ser do planejamento; mas não cabe só a ele uma decisão que ainda me parece um pouco desvalorizada e sem a importância devida. A decisão que faz com que o planejamento, e a gência inteira, pague a conta e faça acontecer.
Um 2011 intenso e participativo pra todos!
arte acima de Miss Marissa Lynn