Ainda estamos engatinhando para um trabalho em mídias sociais consistente, principalmente no mercado brasileiro. Entendemos o número de fãs como a principal métrica de resultado, buscando impactar o máximo de pessoas possíveis. Um pensamento próximo das mídias offline.
Quem está engatinhando na propaganda também são os responsáveis pelos trabalhos de comunicação em social. Sem desmerecer quem engatinha, todos já fizemos (alguns continuam) mas perde-se muitas oportunidades deixando essa responsabilidade na mão de profissionais júniores. Se 81% das pessoas já deram “dislike” em alguma marca, 61% dão likes porque estão atrás apenas de uma promoção e menos de 2% voltam à página das marcas que eles deram like; isso reflete um trabalho desperdiçado.
Acredito que a experiência de consumo será sempre um grande diferencial de marca e, por isso, a próxima grande batalha das mídias sociais. Os dados gerados a partir de engajamento deveriam ser revertidos em soluções de negócios como reduzir custo, fidelizar cliente, aumentar receita por cliente, gerar upsell e venda. Essas deveriam ser verdadeiras métricas de social.
É empolgante falar, mas na prática é diferente. Vejo algumas maneiras por perfil que poderiam acelerar essa evolução:
Se você é cliente, poderia ver social como um diferencial competitivo de negócio, ser mais dona das suas propriedades sociais e não delegá-las para pequenas agências que estão distantes da estratégia da marca.
Se você é dono de uma agência, poderia tentar convencer (e comprovar) para seu cliente o resultado de investir mais dinheiro de social em profissionais experientes, ao invés de mídia pra ganhar like.
Se você é um criativo, poderia colocar na pauta do brain temas relacionados à mídia social nos negócios, mesmo que o briefing seja fazer filme e anúncio.
Se você é um planejador, poderia tentar resolver o problema do cliente antes do confortável insight de comunicação e pensar em um layer social nos serviços e produtos da marca.
Se você está engatinhando, em algum momento vai ter que aprender a caminhar.
Insights roubados do The Wall.