Nesse final de semana fui à Bienal do Mercosul no Cais do Porto. Eu estava em débito com essa visita, mas não perderia muito caso deixasse de ir… sim, fiquei decepcionado! Mas a estrutura era ótima, organização impecável e um local quase imbatível falando-se em grandes eventos de arte na capital gaúcha:
Eu fiquei decepcionado pois a arte entregue não era facilmente digerida, cada espaço necessitava de, no mínimo, uns 30 minutos para assistir aos vídeos ou ouvir os milhares de fones de cada exposição, além disso, sem monitor, iam-se mais uns 30 minutos de reflexão para não chegar em lugar algum. Ou seja, em uma tarde de domingo (que começa tarde!) não consegue-se tempo nem para experienciar integralmente um dos 4 espaços em exposição.
Conclusão, a obra se torna superficialmente estética, ela não entrega conceito, acaba entregando muito menos do que se propõe, o que era pre ser um evento popular com cunho educacional, acaba virando uma desculpa para tirar os filhos de casa e outros infelizmentes…
Mesmo assim, analisando pela estética, eu gostei bastante de um vídeo que mostra um sujeito magro, vestido de cuecão e com uma máscara “mucha lucha”, ele fazia uns movimentos aleatórios e tinha uma outra reprodução no chão desse mesmo sujeito deitado, sofrendo e com objetos reais que pareciam lixo sobre ele, realidade aumenteda pura:
Então, se precisarerm tirar os filhos de casa, vale dar um olhada no sujeito, o nome dele é José Alejandro Restrepo, a obra, Ficções do Invisível, mais aqui.